O cliente malandrinho
O cliente malandrinho quer levar vantagem em tudo. Sempre quer ganhar o
máximo possível e só tem preocupação com a saúde do seu próprio bolso. O
malandrinho tem na ponta da língua frases de efeito que como mantras
bem decorados saem da sua boca para esculachar a sua empresa. Não se
abata e pesquise se ele está comparando o seu produto com algo similar,
se os concorrentes têm preços e condições melhores e, principalmente, se
vale a pena ter esse cliente na sua carteira.
O cliente malandrinho acredita que sempre tem razão. De tanto ouvir esse
ditado ele o toma como verdade absoluta. Livre do bom senso e da noção
de limites faz questão de sempre recordar que ele é quem está certo.
Sabe de cor os seus direitos, mas os deveres, bem isso é assunto para os
filósofos que adoram discutir ética. O negócio do malandrinho é lutar
bravamente para sair vencedor ao final de uma discussão. O cliente tem
razão quando cumpre acordos e contratos e caso se sentir lesado, tentar
um acordo justo e de forma respeitosa com o seu fornecedor.
O cliente malandrinho adora um barraco. Ganhar as coisas no grito e
causar constrangimento é sua especialidade. Assim ele ganha a atenção
que não merece. Quando o cliente fizer barraco peça que se acalme,
ofereça uma água e deixe claro que enquanto isso não acontecer não
haverá conversa para resolver o problema.
O cliente malandrinho não merece sua consideração. Não mate a sua
lucratividade ou aumente o stress e a pressão sobre sua equipe para no
final das contas ver que sobrou só um pouquinho de dinheiro daquela
venda, que se fosse hoje, você faria de tudo para evitar. O cliente
malandrinho tem que pagar o valor justo, senão não tem negócio.
É claro que existem empresas desonestas, que não entregam o que
prometem, ou ficam devendo em muito nos requisitos atendimento e
assistência técnica. Mas é ilusão acreditar que sempre tudo é culpa da
empresa e que o cliente é sempre o inocente.
Na verdade, no mundo dos negócios não deve mais haver espaço para MALANDROS, nem de um lado e nem de outro.
Por Paulo Araújo
Fonte: Administradores
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